Esquema de troca ilegal de Mumbuca é alvo de operação policial em Maricá e região

Esquema de troca ilegal de Mumbuca é alvo de operação policial em Maricá e região

Próximo às datas de pagamento de benefícios como o Renda Básica da Cidadania e o Programa de Proteção ao Trabalhador (PPT), grupos no Facebook são inundados por postagens oferecendo serviços de conversão da moeda social Mumbuca. Frases como "Trocamos PAT e Mumbuca, cobramos 10%, pix após a transferência" são comuns, indicando uma prática irregular.

A troca de moedas como a Mumbuca, realizada por contas comerciais sem autorização, é ilegal, conforme a legislação brasileira. A operação exige autorização do Banco Central e, sem isso, quem atua dessa forma pode responder por crimes como exercício ilegal de atividade ou profissão (Art. 47 da Lei de Contravenções), operação financeira sem autorização (Art. 16 da Lei nº 7.492/1986) e lavagem de dinheiro (Art. 1º da Lei nº 9.613/1998).

No dia 13 de novembro de 2024, a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) realizaram a operação Escambo, cumprindo oito mandados de busca e apreensão em Maricá, Niterói e São Gonçalo. Segundo o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO), o esquema consistia no desvio de recursos do Banco Mumbuca por meio de contas bancárias fraudulentas, muitas vezes criadas sem o conhecimento dos beneficiários.

Os criminosos ofereciam a comerciantes locais 10% do valor creditado para que convertessem a moeda social em reais. Após a operação, o dinheiro era transferido para contas bancárias controladas pelos fraudadores. A investigação segue para identificar outros envolvidos no esquema.

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